Chamou a atenção na última terça-feira, em matéria de capa deste
jornal, que 97% das ações dos crimes ambientais no Judiciário brasileiro tem
como réu o Estado. Lamentável e péssimo exemplo, sobretudo para as crianças que
lembram nas escolas a Semana do Meio Ambiente. Aliás, um infanticídio
governamental, pois são os infantes que vão herdar este planeta poluído e
depredado - insustentável para a sua sobrevivência. Diante disto, qual a
solução quando "ainda estamos fazendo muito pouco pelo nosso meio ambiente"?
Conforme conclusão da matéria, "a questão ambiental é complexa e comporta discussões
amplas".
O assunto em questão é essencialmente
bíblico. É só abrir o livro sagrado e já nas primeiras páginas tem a
preocupação do Criador com o meio ambiente, que o homem deveria preservar o
jardim (Gênesis 2.15). Mas surgiu o pecado e o jardim virou um lixão. Hoje a
preservação tem um alto preço - um custo diferente na ótica da maioria dos
ambientalistas mesmo quando os objetivos são os mesmos. Isto porque o jeito
bíblico aponta para um Criador e Salvador do Universo, enquanto a lógica da
ciência aposta unicamente na capacidade humana. Diferente também da crença do
famoso ecologista Lutzenberger,
morto em 2002. Ele acreditava na teoria de Gaia, um sistema de vida evolutivo
do Universo onde "nós humanos, individualmente, somos como
células", sem nenhuma diferença de animais e plantas. Para a
fé cristã, o ser humano é a principal criatura de Deus, com espírito, e todas
as coisas estão debaixo do domínio dele (Salmo 8). Se este domínio está
comprometido pela ganância e destruição, a solução é Cristo, no presente e definitivamente
no futuro quando "o Universo ficar livre do poder destruidor que o mantém
escravo e tomar parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus” (Romanos 8.21).
Por isto, no lugar de estarem no banco dos réus em crimes ambientais, cabe aos
cristãos serem testemunhas e agentes na preservação do planeta Terra.
Marcos
Schmidt
pastor
luterano
fone
8162-1824
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS
6 de junho de 2013
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